O índice de alunos que ingressou na faculdade com alguma ajuda financeira – que já chegou perto de 50% das matrículas – foi de 38% das quase 7 milhões de vagas em instituições privadas no ano passado.
Os dados são do Censo do Ensino Superior 2021, divulgado pelo Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, ligado ao Ministério da Educação.
Ficou sete pontos abaixo do registrado no ano anterior, quando quase 45% dos ingressantes tinhas algum financiamento ou bolsa.
Em 2018, o índice atingiu recorde de quase 49% das matrículas com financiamento.
O Censo mostra, ainda, que o Fies (Financiamento Estudantil) e o Prouni (Programa Universidade para Todos) atingiram o menor nível de matrículas em 10 anos.
Em 2021, o Fies beneficiou 8% dos alunos da rede privada, enquanto em 2014, o programa atingia 53% das matrículas.
No caso do Prouni, foram 17% das matrículas em 2021, mas foi responsável pelo financiamento de 25% dos alunos matriculados na rede privada em 2011.
Os programas públicos de auxílio aos estudantes do ensino superior foram reduzidos nos últimos anos, enquanto financiamentos externos – das próprias instituições ou de bancos cresceram vertiginosamente.
O crédito privado respondeu 2 milhões de matrículas com bolsas ou financiadas em 2021.
Pouco mais de 221 mil matrículas tinham Fies e cerca de 479 mil eram do Prouni.