Modelo matemático chamado de TRI avalia a coerência no desempenho do candidato. Aluno ganhará menos pontos se acertar as questões muito difíceis, mas errar justamente as mais fáceis.
Duas amigas acertaram, no 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 70 questões cada. No entanto, quando os boletins oficiais foram divulgados, elas se surpreenderam: haviam tirado notas diferentes! O que explica essa divergência é o modelo matemático pelo qual a avaliação é corrigida: Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Definindo de forma simplificada, esse é um método que busca priorizar a coerência no desempenho dos candidatos. A nota não é simplesmente a soma do número absoluto de acertos.
Marcus Oliveira, professor da plataforma virtual Descomplica, recomenda “Isso influencia sua estratégia de prova. É importante dominar o básico. Foque na resolução das questões que você sabe, garanta essas, e deixe as outras para o final.”
A TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção:
- ao detectar os famosos “chutes”, ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;
- possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;
- torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).