A dieta low carb, conhecida por sua proposta de redução do consumo de carboidratos, se tornou popular entre aqueles que buscam emagrecimento, controle do açúcar no sangue e melhoria da saúde metabólica. No entanto, essa abordagem alimentar exige cuidados e acompanhamento médico, pois não é indicada para todos e pode trazer efeitos colaterais se seguida de forma inadequada.
Ao adotar a dieta low carb, os alimentos ricos em carboidratos, como pães, massas, açúcares e alguns grãos, são limitados, forçando o corpo a utilizar as reservas de gordura como fonte de energia. O resultado é a perda de peso e melhor controle glicêmico. “Diminuímos alimentos ricos em amido, algumas frutas com altos teores de carboidratos e priorizamos proteínas e gorduras”, explica Andrea Bottoni, nutróloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Principais Tipos de Dieta Low Carb
É importante destacar que a dieta low carb não é uma abordagem única, pois a quantidade de carboidratos pode variar. Confira as principais variações da dieta:
- Low Carb Moderada (30% a 40% de carboidratos): Indicada para quem busca uma redução leve no consumo de carboidratos, permitindo maior ingestão de alimentos ricos em fibras, frutas e grãos integrais.
- Low Carb Padrão (15% a 30% de carboidratos): Uma abordagem mais restritiva, que reduz significativamente a ingestão de carboidratos e aumenta as proteínas e gorduras saudáveis, como azeite e abacate.
- Low Carb Estrita (5% a 10% de carboidratos): Nesse tipo, o consumo de carboidratos é extremamente baixo, visando a cetose, onde o corpo usa gordura como principal fonte de energia. Essa versão é mais radical e deve ser feita com acompanhamento médico.
“Na low carb, os carboidratos devem representar menos de 40% da ingestão calórica diária. Por exemplo, uma pessoa que consome 2.000 kcal por dia pode ingerir apenas 800 kcal provenientes de carboidratos”, detalha Uerá do Couto, nutricionista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Quem Pode e Quem Não Pode Fazer a Dieta Low Carb?
A dieta low carb é indicada principalmente para quem busca perder peso, reduzir gordura corporal e melhorar a saúde metabólica. Ela pode ser benéfica para pessoas com resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes tipo 2, além de ajudar a reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados.
“A dieta é ideal para quem deseja controlar o açúcar no sangue ou melhorar a sensibilidade à insulina”, explica Thais Mussi, endocrinologista e nutróloga.
No entanto, existem grupos que devem evitar a dieta, como gestantes, lactantes, pessoas com condições renais ou hepáticas e aqueles com distúrbios alimentares. “Atletas de alta performance e indivíduos que praticam atividades físicas intensas podem precisar de mais carboidratos para sustentar seus níveis de energia”, alerta Mussi.
A Importância da Orientação Profissional
É fundamental buscar a orientação de profissionais da saúde antes de adotar a dieta low carb. A dieta precisa ser adaptada às necessidades individuais, levando em conta fatores como rotina, preferências alimentares e saúde geral. A restrição drástica de certos grupos alimentares pode ocasionar efeitos colaterais como dor de cabeça, cansaço excessivo, mal humor e até desmaios.
Portanto, se você deseja seguir a dieta low carb, consulte um médico ou nutricionista para garantir que ela seja realizada de forma segura e eficaz para o seu caso específico.