Para proteger os dados pessoais armazenados no celular, a segurança no desbloqueio do aparelho é fundamental. Especialistas apontam que alguns métodos de bloqueio oferecem maior proteção, enquanto outros são mais vulneráveis. Confira a avaliação dos métodos mais comuns e como aumentar a segurança do seu dispositivo.
Senha alfanumérica complexa e longa: ⭐⭐⭐
A senha alfanumérica, que mistura letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos, é considerada um dos métodos mais seguros de desbloqueio, desde que seja implementada corretamente. A recomendação dos especialistas é que a senha seja:
- Longa: Entre 8 e 12 caracteres;
- Complexa: Use uma combinação aleatória de números, letras e símbolos, evitando datas de aniversário ou sequências simples;
- Pouco usada: Quanto mais exclusiva e rara, mais difícil de ser descoberta.
Este método é considerado bastante seguro, pois as senhas longas e complexas têm um nível de resistência maior contra tentativas de quebra.
Reconhecimento facial com sensor 3D: ⭐⭐⭐
Outro método de segurança que tem ganhado destaque é o reconhecimento facial, especialmente o com sensor 3D. Este sistema utiliza uma tecnologia que mapeia o rosto do usuário, captando não só a imagem, mas também a profundidade do rosto, o que o torna mais difícil de ser burlado por fotos ou vídeos. Modelos de celulares de alto padrão, como iPhones a partir do modelo X e alguns Androids, como o Samsung Galaxy S22, oferecem essa tecnologia.
Para verificar se o seu dispositivo possui sensor 3D, é possível:
- Consultar o manual do aparelho ou o site do fabricante, procurando termos como “face ID” ou “sensor de profundidade”;
- Testar o reconhecimento facial com a luz apagada. Se o sistema funcionar mesmo sem luz, provavelmente se trata de um sensor 3D, já que esses sensores utilizam tecnologia infravermelha.
Já o reconhecimento facial com sensor 2D, que capta apenas a imagem, é mais vulnerável a fraudes.
Impressão digital: ⭐⭐
O bloqueio por impressão digital também é uma alternativa bastante comum e segura, já que utiliza um código gerado a partir da digital do usuário. Contudo, esse método pode ser comprometido caso cópias da impressão digital sejam obtidas, por exemplo, em superfícies como copos ou maçanetas.
PIN: ⭐
O PIN é um método simples, normalmente composto por uma sequência de 4 ou 6 números. Apesar de ser fácil de configurar, sua segurança é limitada, já que pode ser observado e copiado por fraudadores. Este tipo de bloqueio é considerado pouco seguro, principalmente em lugares públicos, onde o risco de ser observado é maior.
Desenho: ⭐
O método de desbloqueio através de desenhos, no qual o usuário liga pontos na tela para formar uma sequência, é amplamente utilizado, mas considerado inseguro. Muitas pessoas optam por padrões simples e previsíveis, como um “L” ou “zigue-zague”, o que facilita a adivinhação ou cópia do desenho.
A melhor estratégia: combinar métodos de bloqueio
Embora alguns métodos ofereçam maior segurança que outros, a recomendação dos especialistas é combinar diferentes formas de bloqueio. Márcio Teixeira, membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), destaca que a combinação de uma senha alfanumérica complexa com autenticação facial é uma maneira eficaz de proteger o celular.
Além disso, ele sugere que se use diferentes métodos para proteger o celular e os aplicativos de banco, aumentando ainda mais a segurança. “Se você configurar uma senha alfanumérica como bloqueio principal e usar a autenticação facial como backup, estará criando uma camada extra de proteção”, recomenda.
Ao adotar essas estratégias, o usuário pode garantir maior proteção contra invasões e tentativas de acesso não autorizado aos seus dados e informações pessoais.