O ano de 2024 foi marcado por extremos climáticos. O país enfrentou meses sob uma densa camada de fumaça causada por incêndios na vegetação. Além disso, viveu a pior seca de sua história recente, que ainda persiste, enquanto o Rio Grande do Sul foi devastado por chuvas intensas. Além disso, o ano terminou como o mais quente já registrado. Diante desse cenário, o que esperar de 2025?
A previsão global do Met Office, o centro nacional de meteorologia britânico e uma referência mundial, sugere que 2025 será um dos três anos mais quentes já registrados, atrás apenas de 2024 e 2023. Ou seja, embora o calor deva ser um pouco menos intenso, ele ainda será extremo.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do programa europeu Copernicus e do Met Office indicam que, em 2025, podemos esperar:
As previsões são feitas com base em modelos climáticos que permitem observar com maior clareza os dados para períodos de até três meses. A análise do ano como um todo é baseada em tendências. Apesar disso, os especialistas permanecem pessimistas quanto a mudanças significativas que possam reverter esse cenário.
O ano de 2024 foi marcado por recordes de calor. De acordo com o serviço de mudança climática do observatório Copernicus, foi o primeiro ano na história a registrar um planeta 1,5°C mais quente em relação à média pré-industrial.
Segundo os especialistas, a principal causa do calor foi a concentração crescente de gases de efeito estufa na atmosfera, que intensificam o aquecimento global. Uma análise do Cemaden mostra que, desde os anos 1970, o Hemisfério Sul, onde está o Brasil, vem enfrentando um aumento gradual nas temperaturas. Ou seja, ao longo dos anos, o país tem ficado cada vez mais quente.
Somado a isso, houve ainda uma contribuição extra: o El Niño. Esse fenômeno aqueceu os oceanos e foi registrado de forma intensa, o que aumentou ainda mais a temperatura no mundo.
Para 2025, ainda sem previsão de El Niño, a expectativa é de que o ano seja menos quente que 2024. No entanto, isso não significa uma trégua no calor.
Fonte: G1