O presidente eleito Donald Trump se recusou nesta terça-feira, 7, a descartar ações militares ou econômicas como parte de seu desejo declarado de fazer com que os EUA retomem o controle do Canal do Panamá e adquiram o território dinamarquês da Groenlândia.
Questionado em uma entrevista coletiva se ele poderia garantir ao mundo que não usaria coerção militar ou econômica para tentar obter o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia, Trump disse: “Não, não posso garantir nenhum desses dois. Mas posso dizer o seguinte: precisamos deles para a segurança econômica”.
A extraordinária declaração foi feita enquanto Trump delineava ainda mais uma agenda expansionista, duas semanas antes de assumir o cargo em 20 de janeiro em Washington.
Ele reiterou seu interesse em transformar o Canadá em um Estado dos EUA e criticou os gastos norte-americanos com produtos canadenses e apoio militar ao Canadá, um dos aliados mais próximos do país.
Trump sugeriu que imporia tarifas sobre a Dinamarca se ela resistisse à sua oferta de comprar a Groenlândia, que ele disse ser vital para a segurança nacional dos EUA. A Dinamarca disse que a Groenlândia não está à venda.
Trump também prometeu mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América e reiterou sua promessa de impor tarifas significativas ao México e ao Canadá.
“Ele cobre um grande território”, disse, sobre o Golfo. “‘O Golfo da América’ Que nome bonito.”
Sua promessa de renomear o golfo ecoou uma promessa anterior de reverter o nome do Denali, o pico mais alto da América do Norte, para Monte McKinley. O ex-presidente Barack Obama mudou o nome da montanha do Alasca em deferência aos nativos-americanos.
Autoridades mexicanas e panamenhas não comentaram em um primeiro momento. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, já rejeitou a ideia de devolver o canal aos EUA, que o possuíam antes de entregar o controle ao Panamá em 1999.
Fonte: Terra