Os primeiros dias de janeiro de 2025 trazem um cenário de oscilações nos preços das principais proteínas consumidas pelos brasileiros. Enquanto o preço da carne de frango segue em alta, com um aumento de 1,55%, os preços do porco e dos ovos registram quedas, refletindo uma dinâmica de mercado inesperada para o início do ano.
De acordo com dados da Esalq/USP, a carne de frango tem se destacado no início de janeiro, contrariando as expectativas do mercado, que normalmente indicam uma redução no consumo e, consequentemente, nos preços devido à diminuição da renda das famílias no começo do ano. No entanto, o setor avícola ainda apresenta boas perspectivas para 2025, com uma produção projetada para crescer até 3%, atingindo 14,2 milhões de toneladas. A demanda também deve aumentar, com o consumo per capita estimado em 46,6 kg, uma alta de 1,9% em relação ao ano anterior.
Nos preços, o quilo do frango congelado comercializado no atacado nas regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado fechou em R$ 8,50 no dia 10 de janeiro, uma elevação de 1,55% em relação ao mês anterior. O bom ritmo de vendas tem permitido ajustes positivos nos preços.
Já no mercado de ovos, a situação é diferente. O preço das cestas de ovos tem apresentado uma queda no início de 2025, impulsionada pelo enfraquecimento da demanda e pelo aumento nos estoques. A mesma tendência de baixa é observada no mercado de carne de porco. O quilo do suíno vivo, segundo o Indicador Cepea/Esalq, fechou em R$ 7,88 no Posto de São Paulo no dia 10 de janeiro, com uma queda de 2,60% em relação ao mês anterior. Em Minas Gerais, o preço se manteve estável, enquanto em Santa Catarina, houve uma variação negativa de 3,17%, fechando em R$ 7,64.
Para o setor avícola, embora o cenário de alta nos preços do frango seja positivo, ele deve ser acompanhado de desafios relacionados à biossegurança animal e aos conflitos em países importadores da carne nacional. Mesmo assim, o Brasil deve continuar a fortalecer sua produção e exportação de carne de frango em 2025.
