O aumento de casos de febre amarela em macacos na região de Ribeirão Preto motivou o Governo de São Paulo a intensificar as ações de vacinação seletiva e reforçar a orientação à população sobre a importância de se imunizar antes de visitar áreas rurais ou silvestres. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) confirmou, no dia 6 de janeiro, que exames realizados em quatro macacos encontrados mortos na área de mata do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, testaram positivo para a febre amarela. Outros casos de primatas infectados também foram identificados em Pinhalzinho, na região de Campinas.
Ações de vacinação e busca ativa
Com a confirmação dos casos, o Governo de SP está ampliando as ações de vacinação seletiva nas áreas de mata e fazendo uma busca ativa por pessoas não imunizadas. A medida visa prevenir a propagação da doença em regiões de risco, como aquelas próximas a áreas de floresta, onde há a presença de mosquitos silvestres transmissores do vírus.
Sintomas da febre amarela
A febre amarela é uma doença viral aguda transmitida pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Os sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, o paciente pode desenvolver icterícia, que é o amarelamento da pele. “É fundamental procurar atendimento médico imediatamente ao apresentar esses sinais”, alerta a coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES-SP, Regiane de Paula.
Papel dos macacos no controle da doença
Os macacos têm um papel crucial no monitoramento da febre amarela, funcionando como sentinelas naturais do vírus. Eles ajudam a identificar rapidamente as áreas de risco, permitindo a adoção de medidas de saúde pública, como a vacinação em massa. “Os macacos não transmitem a febre amarela, e é importante preservá-los”, ressalta Regiane. Caso seja encontrado um macaco morto ou em estado de agonia, a orientação é acionar imediatamente a Vigilância Epidemiológica ou os serviços de zoonoses.
Cuidados para turistas
Com a proximidade das férias e o aumento do fluxo de turistas para áreas rurais e de mata, as autoridades de saúde recomendam que as pessoas que pretendem viajar para essas regiões se vacinem com, pelo menos, 10 dias de antecedência. “Tomar a vacina é fundamental, mas o ideal é aguardar esse período antes de adentrar as áreas de risco”, orienta Regiane de Paula.
Vacinação contra febre amarela
A vacina contra a febre amarela está disponível e
m todos os postos de saúde do estado e é a medida mais eficaz para prevenção da doença. Desde 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de dose única, que oferece proteção por toda a vida. A vacinação é recomendada para pessoas que residem ou que planejam viajar para áreas com circulação do vírus.
Informações e esclarecimento de dúvidas
Para esclarecer dúvidas sobre a vacina e a febre amarela, o Governo de São Paulo disponibiliza o portal “Vacina 100 Dúvidas”, com informações sobre eficácia, efeitos colaterais e a importância da imunização. O portal pode ser acessado pelo link: www.vacina100duvidas.sp.gov.br.