Na hora de escolher o protetor solar, é comum surgirem dúvidas sobre qual fator de proteção (FPS) é o mais indicado. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso de, pelo menos, protetores solares com FPS 30, que oferece uma boa proteção para a maioria das pessoas. No entanto, indivíduos com pele clara, histórico de câncer de pele, idosos e outros grupos mais vulneráveis devem optar por FPS mais altos, como 50 ou 70, para garantir uma maior proteção.
O FPS é uma medida que indica o tempo adicional que a pele pode ficar exposta ao sol sem se queimar em comparação à exposição sem proteção. Por exemplo, se uma pessoa levar cinco minutos para ficar vermelha no sol, o uso de um protetor solar com FPS 50 permite que ela fique exposta por 250 minutos sem risco de queimaduras (5 minutos x 50).
No entanto, a dermatologista Marcelle Nogueira alerta que, apesar da grande diferença entre um FPS 30 e um FPS 100, o ganho de proteção não é tão expressivo. “Um protetor solar FPS 30 bloqueia 96% da radiação, enquanto o FPS 100 bloqueia 99% – a diferença é de apenas 3%”, explica. Ela destaca que o fator mais importante é a aplicação correta do produto, e que a reaplicação é essencial, especialmente a cada duas horas ou após contato com a água ou suor.
Além disso, a proteção solar vai além do uso do filtro solar. A SBD também recomenda o uso de barreiras físicas, como chapéus, bonés, guarda-sóis e roupas com proteção UV, especialmente durante os horários de maior intensidade solar, entre 9h e 15h.
A escolha do tipo de protetor solar, como gel, creme, spray ou bastão, depende do tipo de pele e das necessidades individuais. Por exemplo, pessoas com tendência a acne podem preferir os protetores em gel, enquanto aqueles com pele mais seca podem se beneficiar dos protetores em creme, que oferecem hidratação adicional. Os protetores em spray são ideais para áreas pilosas, e os bastões são uma opção prática para uso diário.
Os protetores solares com cor também ganham destaque, especialmente para pessoas com melasma, pois oferecem uma proteção adicional contra a luz visível, como a emitida por telas de computadores.
Além de prevenir queimaduras, o uso regular de protetor solar é uma das medidas mais eficazes para prevenir o câncer de pele. A radiação ultravioleta (UV) pode danificar o DNA das células da pele, favorecendo o desenvolvimento de células cancerígenas. O protetor solar age bloqueando os raios UV, protegendo assim a saúde da pele.
Por fim, é importante lembrar que o protetor solar deve ser usado todos os dias, independentemente do tempo ou da exposição direta ao sol, pois a radiação UV pode causar danos mesmo em dias nublados.