Os casos de coqueluche cresceram significativamente na região de Piracicaba em 2024, de acordo com dados do Governo de São Paulo. As cidades que integram o Departamento Regional de Saúde (DRS) registraram 45 confirmações da infecção respiratória e uma morte pela doença, representando um aumento de 4.400% em comparação com 2023, quando foi registrado apenas um caso.
Em 2022, não houve registros de coqueluche na região, e em 2021, o DRS contabilizou apenas um caso. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo destacou que a melhor forma de prevenção continua sendo a vacinação.
Apesar do aumento de casos, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) informou que, até 18 de janeiro de 2025, não foram confirmados novos casos de coqueluche na região de Piracicaba.
Sintomas e cuidados
A coqueluche, conhecida como “tosse comprida”, é uma doença infecciosa altamente transmissível que afeta as vias respiratórias. A doença causa crises de tosse seca intensa e falta de ar. A principal forma de combate à doença é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Crianças menores de 1 ano, gestantes, puérperas e profissionais da saúde devem ser imunizados.
A vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, tem alcançado uma cobertura de 90,86% em São Paulo até outubro de 2024. A SES-SP também recomenda a aplicação de reforços aos 15 meses e aos 4 anos com a tríplice bacteriana (DTP), além de uma dose de dTpa para gestantes a partir da 20ª semana de gestação.
Como identificar um caso suspeito
A Secretaria de Saúde de São Paulo orienta que deve ser considerado caso suspeito qualquer paciente com tosse seca, forte e persistente por pelo menos duas semanas, com chiado e sem outra causa aparente. Em situações de surto, toda pessoa com tosse seca e histórico de contato com alguém com coqueluche deve ser tratada como um caso suspeito.
Transmissão e prevenção
A coqueluche é altamente transmissível e se espalha principalmente por gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O contato direto com objetos contaminados também pode transmitir a doença. A fase catarral, quando os sintomas iniciais se confundem com os de um resfriado comum, é quando a doença é mais contagiosa.
Aumento também na região de Campinas
A região de Campinas (SP) também registrou um aumento significativo de casos de coqueluche em 2024. Foram 184 casos confirmados, um aumento de 2.200% em relação aos oito casos de 2023. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo reforça que a vacinação é fundamental para o controle da doença e prevenção de surtos.
A coqueluche continua sendo uma preocupação de saúde pública, e a vacinação é a principal estratégia para reduzir o impacto da doença, especialmente entre crianças e gestantes.