Com o verão a todo vapor, muitos brasileiros já estão pensando nas férias e na próxima viagem. No entanto, a busca por passagem aérea barata pode ser um desafio, especialmente quando se deparam com as estratégias populares de caça às promoções. Segundo especialistas, muitas das estratégias de compra não têm base científica e, na realidade, o preço das passagens varia principalmente pela demanda, e não por truques como comprar na madrugada.
Lucas Estevam, especialista em viagens e criador do perfil @estevampelomundo, com mais de 1,5 milhão de seguidores, desmistifica alguns desses mitos. “O horário de compra não influencia no preço da passagem. O que realmente faz diferença é o dia da semana e a demanda de voos. Terças, quartas e quintas-feiras geralmente têm preços mais baixos, enquanto sextas-feiras e domingos à noite são mais caros”, explica Estevam.
Além disso, ele destaca a vantagem de acumular milhas. “Com milhas, o preço das passagens tende a ser fixo, independentemente da alta temporada, o que é um grande benefício para quem sabe usá-las de maneira estratégica”, complementa o especialista.
Mas, afinal, qual é o melhor momento para comprar passagens aéreas? O blog Viaje na Viagem, mantido pelo publicitário Ricardo Freire, recomenda que as passagens nacionais sejam adquiridas de 4 a 8 semanas antes da viagem, enquanto passagens internacionais devem ser compradas entre 2 a 4 meses de antecedência. Para destinos na alta temporada, como as férias escolares e o Carnaval, a dica é começar a procura com 3 a 6 meses de antecedência.
Outro fator que impacta os preços das passagens neste ano é a valorização do dólar, que afeta diretamente o preço das passagens internacionais. Estevam sugere que, para quem está em busca de viagens internacionais mais acessíveis, destinos no leste europeu ou na América Latina podem ser uma excelente opção. “Trocar Paris por Albânia ou Croácia, ou explorar destinos como a Colômbia, pode significar uma grande economia”, recomenda.
Para quem quer aproveitar o verão para viajar e garantir bons preços, a dica é pesquisar com antecedência e estar atento às variações de demanda, além de considerar alternativas como o uso de milhas ou a escolha de destinos com moedas mais vantajosas para o bolso brasileiro.