A privação de sono não é apenas uma questão de cansaço temporário. Quando se torna uma prática diária, as consequências podem ser graves para a saúde. A sensação de cansaço e as alterações de humor após uma noite mal dormida são apenas o início. Segundo especialistas do Instituto do Sono, os impactos de uma rotina de sono insuficiente podem se transformar em doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e cognitivos, além de prejudicar a saúde mental.
Qual é a quantidade ideal de sono?
Embora muitos associem 8 horas de sono a uma noite ideal, os especialistas alertam que essa quantidade não é fixa para todos. A necessidade de descanso varia de pessoa para pessoa, e a idade desempenha um papel importante nesse fator. Para adultos, a média de sono necessária está entre 7 e 9 horas. Já os bebês precisam de 12 horas, e os idosos, em média, 7 horas.
Além da quantidade, a qualidade do sono também é essencial. “Não adianta dormir mais de 8 horas se você acorda cansado”, afirma Monica Andersen, professora de medicina da Unifesp. A falta de um sono restaurador afeta a atenção, a memória e o equilíbrio interno do corpo.
Consequências da falta de sono
A privação de sono pode se manifestar de duas formas: aguda e crônica. O déficit agudo, que dura de um a dois dias, pode causar sonolência excessiva, diminuição da resposta psicomotora e aumento da impulsividade. Já o déficit crônico, que persiste por três meses ou mais, traz consequências sérias, como depressão, ansiedade e problemas de memória. A longo prazo, também aumenta o risco de doenças como infarto, AVC, diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão.
Além disso, o sono insuficiente afeta a saúde óssea e diminui a imunidade, deixando o corpo vulnerável a doenças e infecções. A saúde mental também é comprometida, aumentando o risco de quadros de depressão, ansiedade e demência.
Como melhorar a qualidade do sono?
Adotar algumas boas práticas pode ajudar a melhorar tanto a quantidade quanto a qualidade do sono. A regularidade é fundamental: ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até mesmo nos fins de semana, é importante para ajustar o relógio biológico. Além disso, relaxar antes de dormir, evitar comidas pesadas e reduzir a exposição à luz e ao barulho são passos essenciais para garantir um sono reparador.
Outras dicas incluem a prática regular de exercícios, evitar o consumo de álcool e cigarros antes de dormir, e deixar os dispositivos eletrônicos de lado uma hora antes de se deitar.
O sono é essencial para a saúde, e pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença para quem deseja melhorar a qualidade do descanso e evitar problemas futuros.