A febre amarela tem causado preocupação em São Paulo neste início de 2025, com o estado registrando duas mortes e seis casos confirmados da doença, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. As infecções foram localizadas nas cidades de Socorro, Tuiuti e Joanópolis, no interior paulista. No ano anterior, o estado registrou apenas um óbito.
A febre amarela é uma doença viral grave, transmitida por mosquitos, com dois ciclos de transmissão: o urbano, relacionado ao mosquito Aedes aegypti, e o silvestre, onde o vírus é transmitido por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam primatas não-humanos, como os macacos. A transmissão ao homem ocorre de forma acidental, geralmente quando ele entra em áreas de mata sem estar vacinado.
A doença apresenta sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Em casos graves, pode evoluir para icterícia, hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos, com uma taxa de mortalidade de até 50%.
O tratamento da febre amarela é sintomático, focando no alívio dos sintomas e no suporte intensivo para casos graves. A principal forma de prevenção é a vacina, oferecida gratuitamente pelo SUS, com uma única dose conferindo imunidade por toda a vida.
Vacinação e Prevenção
É fundamental que a população em áreas de risco esteja imunizada. A vacina oferece de 95% a 99% de proteção e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes de se deslocar para essas regiões. Mulheres grávidas, crianças menores de 9 meses, e pessoas com determinadas condições de saúde, como HIV em estágio avançado ou doenças autoimunes, devem evitar a vacinação.
A orientação das autoridades de saúde é clara: ao notar qualquer sintoma, é imprescindível buscar assistência médica imediata. A vacinação continua sendo a principal ferramenta para o controle da doença e prevenção de novos casos.