O uso de perfumes na região íntima tem sido um tema recorrente nas redes sociais, especialmente após a policial Aline Patriarca, 32, participante do BBB 25, aplicar o cosmético na área enquanto se preparava para ir à piscina. A prática, embora comum, não é recomendada por especialistas, que destacam os perigos de causar irritações e outros danos à saúde vaginal.
De acordo com o ginecologista e obstetra Nélio Veiga Junior, o uso de perfumes na região íntima pode resultar em irritações, ressecamento e até mesmo alterações no microbioma vaginal, o que pode comprometer a saúde reprodutiva, fertilidade e a defesa contra patógenos. “Perfumes vaginais podem causar reações alérgicas, inflamações, obstrução dos poros e aumentar o risco de infecção”, afirma o especialista.
Veiga também alerta que o uso de produtos como desodorantes e lubrificantes não específicos para a região íntima pode afetar o pH vaginal, resultando em danos à mucosa e aumentando a probabilidade de infecções, como vaginose bacteriana e infecções urinárias. “Produtos como desodorantes em spray, pós-vaginais e talcos devem ser evitados”, acrescenta o médico, que alerta ainda para possíveis riscos à saúde, como o aumento do risco de câncer ovariano com o uso do talco na região genital.
Em relação ao odor vaginal e corrimento, o especialista destaca que a secreção vaginal, na maioria das vezes, é um sinal de boa saúde, funcionando como uma proteção natural contra irritações e infecções. Para evitar o mau odor, ele recomenda cuidados básicos de higiene, como se limpar de frente para trás após urinar e evacuar, utilizar produtos específicos para higiene íntima e manter os pelos da região aparados.
Assim, é fundamental que as mulheres priorizem a saúde da região íntima e sigam as orientações médicas para evitar problemas causados pelo uso inadequado de cosméticos e produtos químicos.