A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou, nesta quinta-feira (6), a primeira morte por febre amarela na cidade em 2025. A vítima, um homem de 39 anos, morava na área rural de Sousas e não era vacinado contra a doença. Ele faleceu na segunda-feira (3), e a causa da morte foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, nesta tarde.
O homem apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 21 de janeiro e procurou atendimento médico no Hospital Walter Ferrari, em Jaguariúna, no dia 28. Ele estava com sinais de hemorragia e insuficiência renal, e sua condição se agravou até a morte.
Risco maior na área rural
De acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas, a zona rural apresenta maior risco de transmissão da febre amarela. O último caso confirmado de febre amarela silvestre em humanos na cidade foi em 2017, quando um homem da área rural de Sousas se recuperou da doença.
Medidas de combate à doença
Em resposta ao risco de disseminação, a prefeitura de Campinas intensificou a vacinação contra a febre amarela em viajantes e residentes de áreas rurais, de mata ou com características de floresta desde 20 de janeiro, quando um macaco morto na região do bairro Carlos Gomes testou positivo para a doença.
A presença de macacos infectados serve como um alerta sobre a circulação do vírus, já que esses primatas dificilmente sobrevivem à doença. Desde o caso do macaco em janeiro, a prefeitura iniciou uma busca ativa domiciliar na região de Sousas para vacinar moradores a um quilômetro de distância da residência da vítima. Além disso, nesta semana, a vacinação começou nas casas das áreas de alto risco de transmissão da doença, realizada por 26 Centros de Saúde (CSs) da cidade.
A orientação da Secretaria de Saúde é que todos os moradores de Campinas, a partir de 9 meses de idade, que ainda não receberam a dose da vacina, procurem os Centros de Saúde para a aplicação. Já as pessoas com 5 anos ou mais que tomaram uma dose da vacina ao longo da vida não precisam receber outra.
A cidade segue monitorando a situação e reforça a importância da vacinação para evitar novos casos da doença.