O levantamento realizado pelo Observatório PUC-Campinas apontou que a cesta básica de janeiro de 2025 registrou um aumento de 1,41% em Campinas (SP), alcançando o valor de R$ 754,11, contra R$ 743,60 em dezembro de 2024. O aumento foi impulsionado principalmente por itens com maior peso na alimentação do trabalhador, como tomate, café e pão francês, que apresentaram os maiores reajustes percentuais. Outros produtos, como carne, farinha e óleo, também sofreram altas.
Dos 13 itens analisados, seis apresentaram alta nos preços e sete registraram queda. O maior recuo foi na batata, seguida por leite, feijão e banana.
A pesquisa compara o custo da cesta básica com o salário mínimo de R$ 1.518. Com isso, a cesta básica em Campinas compromete 49,67% do salário mínimo, um reflexo do custo elevado da alimentação. Para uma família de quatro pessoas, composta por dois adultos e duas crianças, o valor total necessário para alimentação seria de R$ 2.262,32, o que equivale a três cestas básicas.
Em comparação com as 17 capitais brasileiras apuradas pelo Dieese, Campinas ocupa a 8ª posição no ranking das cidades com a cesta básica mais cara do país, com o custo de R$ 754,11. As cidades com as cestas mais caras são São Paulo (R$ 852), Florianópolis (R$ 809) e Rio de Janeiro (R$ 803).
Confira o ranking das cestas básicas mais caras:
- São Paulo (SP) – R$ 852
- Florianópolis (SC) – R$ 809
- Rio de Janeiro (RJ) – R$ 803
- Porto Alegre (RS) – R$ 771
- Campo Grande (MS) – R$ 764
- Goiânia (GO) – R$ 757
- Brasília (DF) – R$ 756
- Campinas (SP) – R$ 754
- Curitiba (PR) – R$ 744
- Vitória (ES) – R$ 735
- Belo Horizonte (MG) – R$ 718
- Fortaleza (CE) – R$ 700
- Belém (PA) – R$ 698
- Natal (RN) – R$ 634
- Salvador (BA) – R$ 620
- João Pessoa (PB) – R$ 619
- Recife (PE) – R$ 599
- Aracaju (SE) – R$ 571
O levantamento coordenado pelo economista Pedro de Miranda Costa destaca que, apesar das quedas em alguns produtos, o aumento nos itens essenciais tem pesado no bolso dos campineiros, refletindo no orçamento das famílias da cidade.