Um novo estudo realizado pela Oxford Population Health revelou que o estilo de vida, incluindo fatores como fumar, praticar atividade física e as condições socioeconômicas, pode influenciar mais a saúde e o envelhecimento do que a genética. A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine nesta quarta-feira (19), foi feita com base em dados de quase meio milhão de pessoas do UK Biobank, e mostrou que os fatores ambientais explicaram 17% da variação no risco de morte, enquanto a genética teve uma contribuição de menos de 2%.
Entre os fatores ambientais mais influentes estão o tabagismo, a prática de atividade física, o status socioeconômico e as condições de vida. O tabagismo, por exemplo, foi associado a 21 doenças, enquanto a falta de atividade física se relacionou com 17 doenças. O estudo também evidenciou que a exposição precoce a esses fatores de risco, como o tabagismo durante a gravidez e o sobrepeso na infância, pode afetar a saúde e o risco de morte prematura ao longo de várias décadas.
A pesquisa também analisou o impacto de fatores ambientais no envelhecimento biológico das pessoas, utilizando níveis de proteínas no sangue para medir a rapidez do envelhecimento. Os cientistas afirmaram que os resultados indicam grandes oportunidades para políticas públicas que promovam a saúde, como campanhas para reduzir o tabagismo e incentivar a prática de atividades físicas.