A dengue tem se mostrado uma preocupação crescente no Brasil, com números de casos aumentando a cada ano. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é endêmica no país, ou seja, ocorre de forma contínua, intercalando epidemias mais graves. Esse fenômeno, caracterizado por surtos de grande proporção, está ligado a vários fatores, tanto climáticos quanto ambientais.
Um dos principais motivos para o aumento dos casos de dengue é o impacto das mudanças climáticas. O aquecimento global ampliou o território de reprodução do mosquito Aedes aegypti, levando a uma expansão para regiões onde a doença não era tão comum, como no Sul do Brasil. Além disso, o aumento das temperaturas favorece a eclosão dos ovos do mosquito e acelera seu ciclo de vida. As chuvas intensas que atingem diversas áreas do país também são um fator crucial, pois contribuem para a formação de criadouros, como acúmulo de água em recipientes e calhas. Esse cenário cria as condições ideais para a proliferação do mosquito.
Outro fator importante é a circulação de diferentes sorotipos do vírus da dengue, com destaque para o sorotipo 3 (DENV-3), que voltou a circular no Brasil. Isso torna a população mais vulnerável, já que aqueles que contraíram um sorotipo anterior não estão imunes aos outros, aumentando o risco de infecção. Para combater a doença, além da vacinação, que já está disponível para crianças e adolescentes, medidas preventivas como o uso de repelentes, telas nas janelas e a eliminação de focos do mosquito são essenciais.