A COP30 será realizada no Brasil, poucos meses após o recorde histórico de 2024, que se tornou o ano mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023. Com a média global de temperaturas ultrapassando pela primeira vez o limite de 1,5°C de aumento estipulado pelo Acordo de Paris, a situação acendeu um alerta entre especialistas sobre os impactos do aquecimento global. Embora ainda não seja possível afirmar com certeza que estamos em um novo patamar de aquecimento, a sequência crescente de recordes de temperatura exige urgência em medidas de mitigação e adaptação.
Os efeitos já são visíveis, com eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes. No Brasil, por exemplo, em 2024, chuvas catastróficas no Rio Grande do Sul e seca extrema nos estados da região Norte ilustraram a gravidade da situação. Especialistas destacam que, se o aquecimento global ultrapassar 1,5°C de aumento de forma irreversível, as consequências seriam catastróficas, incluindo a perda de recifes de corais e da maior parte da Amazônia, além da liberação de metano e gás carbônico no ambiente. O chamado para ações imediatas de mitigação é claro: é fundamental reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principalmente provenientes dos combustíveis fósseis e do desmatamento.
Apesar do aumento de eventos extremos, especialistas enfatizam que a adaptação ao novo clima é necessária, mas não deve ser a única resposta. O foco precisa ser na redução de emissões e em medidas de curto prazo que possam frear o aquecimento, evitando que o planeta ultrapasse a marca de 2,5°C de aumento até 2050. A transição energética e a redução de dependência dos combustíveis fósseis são grandes desafios, mas a COP30 será uma oportunidade importante para discutir essas soluções e reforçar a necessidade de uma ação global coordenada.