O home office segue sendo um tema de debate entre as empresas brasileiras. Enquanto algumas mantêm modelos híbridos ou totalmente remotos, outras já começam a restringir esse formato. O Nubank, por exemplo, adota um modelo híbrido que prevê sete semanas de home office seguidas de uma semana de atividades presenciais. A medida, que deve se manter em 2025, tem sido bem recebida pelos funcionários e tem garantido bons resultados para a empresa, que se destaca com uma avaliação de 4,4 estrelas no Glassdoor. Suzana Kubric, diretora de RH da fintech, afirmou que a estratégia visa atrair talentos, especialmente as novas gerações, e manter a competitividade, sempre observando a produtividade.
Por outro lado, grandes empresas de tecnologia, como Amazon e Dell, estão adotando políticas contrárias. A Amazon determinou que seus funcionários retornem ao trabalho presencial, deixando claro que quem não concordar com a mudança pode buscar novas oportunidades. A Dell, por sua vez, anunciou que quem permanecer no regime remoto não terá chances de promoções nem poderá se candidatar a novos cargos. Essas mudanças têm gerado controvérsias, especialmente em um cenário de queda no número de vagas para trabalho remoto, conforme levantamento feito pela plataforma Gupy.
Em relação aos imóveis comerciais, o declínio do trabalho remoto já reflete no mercado imobiliário. Segundo a consultoria JLL, a taxa de vacância de edifícios comerciais tem diminuído em São Paulo, indicando um aumento na ocupação dos espaços. A tendência se explica, entre outros fatores, pela chegada de empresas estrangeiras e pela necessidade de expansão de negócios que agora exigem mais espaço físico. Para as empresas que optam por manter o regime remoto, como o Nubank, a construção de relações de confiança entre os funcionários e a integração de novos colaboradores se mantém no centro das discussões.