Aumentar o nível de exercício físico pode ser uma forma eficaz de reduzir o risco de desenvolver doenças neuropsiquiátricas, como ansiedade, depressão e demência. Esta é a conclusão de uma pesquisa preliminar que analisou dados de mais de 73.000 adultos e foi conduzida pelo Dr. Jia-Yi Wu, do Hospital Huashan da Universidade Fudan, em Xangai, China. O estudo, que será apresentado na reunião anual da Academia Americana de Neurologia em abril, revelou que a proteção do cérebro ocorre independentemente da intensidade do exercício, destacando a importância do movimento regular para a saúde mental.
De acordo com o Dr. Scott Russo, do Mount Sinai, os resultados são fortes, pois a amostra do estudo é grande e os dados, obtidos por meio de acelerômetros, são confiáveis. A pesquisa demonstrou que aumentar a atividade física e reduzir o tempo sedentário trouxe benefícios para condições como demência e depressão, o que não é uma surpresa, já que alguns estudos indicam que o exercício pode ser tão eficaz no combate à depressão quanto os medicamentos.
A principal lição desse estudo é clara: qualquer forma de atividade física traz benefícios para o cérebro. Wu afirma que atividades diárias, como caminhar ou jardinagem, podem ser suficientes para melhorar a saúde mental. O estudo também destaca que não é necessário realizar exercícios intensos; atividades leves ou moderadas já podem ter um impacto significativo no bem-estar. Para ajudar a alcançar a meta de 150 minutos de atividade física moderada por semana, dispositivos de monitoramento de atividade, como acelerômetros, podem ser ferramentas eficazes.