O mês de março começa com um cenário preocupante para Piracicaba, com o Rio Piracicaba apresentando uma vazão 70,2% abaixo da média histórica. Na manhã de quinta-feira (6), o manancial registrou apenas 46,6 mil litros de água por segundo, quando o esperado era de 156,4 m³/s. A seca é ainda mais evidente com a falta de chuvas nos primeiros dias do mês, já que não foi registrado nenhum milímetro de precipitação até o momento, enquanto a média histórica para o período é de 111,98 mm.
Além do Rio Piracicaba, o Rio Corumbataí, responsável por 80% do abastecimento de Piracicaba, também apresenta uma vazão abaixo da média, com 9,56 m³/s, o que representa 68% a menos do que o esperado. O nível do Rio Piracicaba também está 40% abaixo do esperado para março, o que agrava a situação do abastecimento da cidade.
As altas temperaturas também contribuem para o cenário de escassez de água. Piracicaba registrou uma média de 26,9ºC entre os dias 1 e 5 de março, dois graus e meio acima da média histórica para este período. A cidade chegou a alcançar 33,8ºC, a terceira maior temperatura registrada desde 1917. Nesta sexta-feira (7), as máximas podem chegar a 36ºC, com umidade relativa do ar abaixo de 20%, o que é considerado prejudicial à saúde.
A pesquisadora Angélica Prela Pantano, do Instituto Agronômico (IAC), alertou sobre os perigos da baixa umidade do ar, recomendando que a população beba bastante líquido, evite exposição ao sol entre 10h e 16h e use hidratantes. A previsão é que a situação melhore com a chegada de uma nova frente fria, que deve trazer chuvas para a região a partir de domingo (9).