A Prefeitura de São Paulo anunciou a criação da Polícia Municipal, que substitui a antiga Guarda Civil Metropolitana (GCM). Com um efetivo de 7.341 agentes, a nova corporação já supera as forças de segurança de dez estados, incluindo Acre, Alagoas, Amapá e Mato Grosso, tornando-se uma das maiores do Brasil.
A decisão, que recebeu o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro deste ano, amplia a atuação das guardas municipais, permitindo que realizem ações ostensivas, além de patrulhas e outros serviços de segurança pública. A mudança também traz um novo foco para as ações da corporação, com um projeto piloto que prevê a presença de policiais municipais nas escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.
O secretário de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando, informou que a meta para 2025 é expandir o efetivo com mais 500 agentes, além de investir em novos recursos como 50 carros elétricos para a frota. Atualmente, a Polícia Municipal conta com 610 viaturas e 220 motos.
Apesar do crescimento da Polícia Municipal, ela ainda está distante do tamanho da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que conta com cerca de 80 mil policiais, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo assim, a criação da nova força representa uma mudança significativa no cenário de segurança pública, ampliando a presença do poder público nas ruas e fortalecendo o combate à criminalidade.
A medida também faz parte de um movimento crescente no Brasil, com diversas cidades adotando o modelo de guardas municipais transformadas em polícias, o que tem sido facilitado por decisões do STF. O novo modelo de policiamento deverá ser avaliado ao longo do tempo, conforme suas ações e resultados em segurança e prevenção.