Em Piracicaba, o mês de março de 2025 está terminando com baixos índices de precipitação. Entre os dias 1º e 19, a cidade registrou apenas três dias de chuvas, somando 27,2 milímetros — um valor bem abaixo da média histórica de 140,9 milímetros para o período, representando apenas 19,3% do esperado. Os primeiros 9,7 milímetros de chuvas foram registrados no dia 11 de março, e, após isso, as precipitações foram esparsas, com 1,5 mm no dia 16, 15,5 mm no dia 17 e 0,5 mm entre 18 e 19 de março.
O cenário climático se agrava com o nível de vazão dos rios. O Rio Piracicaba, responsável por cerca de 20% do abastecimento da cidade, apresenta uma vazão de 70,2% abaixo da média histórica para o mês de março, com 46,6 mil litros de água por segundo. Este valor está bem abaixo da vazão esperada de 156,4 m³/s. Já o nível do rio está a 1,38 metro, 40% abaixo da média histórica de 2,31 metros. Em comparação, o Rio Corumbataí, que abastece mais de 80% de Piracicaba, está com uma vazão de 9,56 mil litros por segundo, 68% abaixo da média para o período.
Apesar das chuvas escassas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo para tempestades em Piracicaba e região, prevendo chuvas de até 50 milímetros por dia e ventos de até 60 km/h. A previsão é de que a vazão dos rios possa se estabilizar com a chegada de novas chuvas, já que o período de precipitação para as Bacias PCJ geralmente se estende até o final de março e início de abril. Mesmo com o risco de crises no abastecimento, o setor técnico do PCJ aponta que, por enquanto, a situação não é crítica.
Em paralelo, o mês de março também é marcado por temperaturas elevadas em Piracicaba. A cidade começou o mês com uma média de 26,9ºC, dois graus e meio acima da média histórica para o período. No dia 5, a temperatura máxima foi de 33,8ºC, a terceira mais alta já registrada desde 1917. A onda de calor contribui para a baixa umidade do ar, que tem permanecido abaixo dos 40%, o que é prejudicial à saúde. O Instituto Agronômico de São Paulo (IAC) alerta para os riscos da baixa umidade, especialmente quando associada ao aumento da temperatura, afetando a qualidade do ar e a saúde da população.