Na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Federal (PF) prendeu um homem de 40 anos, chefe de uma organização criminosa responsável por fraudes bancárias, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. O esquema envolvia o recrutamento de falsos correntistas para a realização de saques fraudulentos em contas de vítimas. A prisão ocorreu na capital paulista, durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva.
Durante a operação, os investigadores encontraram 86 carteiras de identidade e 15 CNHs falsas, já prontas para uso. Além disso, foram apreendidos cartões bancários em nome das vítimas, extratos e outros documentos que comprovam a atuação do grupo criminoso. O delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da PF em Campinas, detalhou que o esquema consistia no recrutamento de pessoas que forneciam suas fotos e biometria para a confecção de documentos falsos. Com esses documentos, os golpistas iam aos bancos e se passavam pelas vítimas para realizar saques indevidos.
A investigação da PF teve início em maio de 2022, quando um cliente da Caixa Econômica Federal em Indaiatuba (SP) denunciou uma fraude, após perceber que R$ 40 mil haviam sido movimentados de sua conta por meio de documentos falsificados. A PF identificou, além do caso em Indaiatuba, outros quatro registros de fraudes semelhantes, todos ligados ao mesmo grupo. O chefe da operação, o homem preso, admitiu que o recrutamento das vítimas e a troca de dados aconteciam por meio de um grupo de mensageria, mais especificamente pelo WhatsApp.
A operação “Not me” (Eu não, em inglês) foi criada para combater esse tipo de falsificação e acesso indevido a contas bancárias. Embora a Caixa Econômica Federal tenha sido uma das instituições alvo do esquema, a investigação esclareceu que a instituição bancária não é suspeita de envolvimento no caso. A PF continua apurando a atuação do grupo, que pode envolver ao menos 30 pessoas, sete delas já identificadas.