A chegada do outono, com suas mudanças de temperatura, traz consigo um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória. A médica Lívia Franco, professora do curso de Medicina da UniMax, alerta que o período é propício para o desenvolvimento de resfriados, gripes, covid-19 e outras doenças respiratórias, que podem evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caso não sejam tratadas adequadamente.
De acordo com dados do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas (SP), entre março e junho de 2024, o número de casos de SRAG registrados durante o outono cresceu 45,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, foram registrados 279 casos, enquanto em 2024, o número saltou para 407 casos. Esse aumento coloca o outono de 2024 como o segundo período com mais casos, atrás apenas do inverno de 2024, quando foram registrados 437 casos de SRAG.
Causas do Aumento de Casos
A Dra. Lívia Franco explica que a combinação de fatores climáticos e comportamentais contribui para o aumento das doenças respiratórias. “No outono, o ar fica mais seco, e as pessoas tendem a se aglomerar mais em ambientes fechados, o que facilita a disseminação de vírus”, afirma. Além disso, ela destaca que a queda na adesão à vacinação e a maior circulação de vírus fortalecidos após a pandemia de covid-19 podem ter influenciado no aumento dos casos.
Estatísticas de SRAG em 2024
Confira os dados de SRAG em Campinas nos últimos períodos:
- Verão de 2024: 69 casos
- Primavera de 2024: 220 casos
- Outono de 2024: 407 casos
- Inverno de 2024: 437 casos
Prevenção é Fundamental
Para evitar complicações graves, a médica reforça a importância da imunização e de hábitos preventivos, como a lavagem frequente das mãos e a busca por uma ventilação adequada nos ambientes. “A vacina tem que ser feita anualmente, pois o vírus muda de acordo com o tempo. E o ideal é sempre buscar uma ventilação melhor, além de lavar as mãos regularmente, para evitar a transmissão”, orienta Dra. Lívia.
Impactos nas Pessoas
A mudança de temperatura tem afetado tanto adultos quanto crianças. O estudante universitário Symon Guilherme compartilha que sente os efeitos das variações climáticas. “Sempre sinto muita dor de cabeça, dor no corpo”, conta. Já a cabeleireira Verônica de Souza precisou manter seu filho Álvaro em casa por dois dias devido a febre e sintomas respiratórios, característicos da mudança de tempo. “Mudança do tempo e ele já ficou doentinho, teve febre. Aí não mandei nem ontem nem hoje”, relata.
Com a chegada do outono e o aumento das doenças respiratórias, é essencial que a população esteja atenta aos sintomas e adote medidas preventivas para proteger a saúde, especialmente no momento em que o número de casos de SRAG continua a crescer na região.