O verão que acabou de terminar entrou para o ranking dos mais quentes já registrados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O país enfrentou o sexto verão mais quente desde 1961, com temperaturas que ficaram, em média, 0,34°C acima do normal histórico. O fenômeno gerou ondas de calor sucessivas, chegando a até 7°C acima da média, e causou alterações visíveis, como a mudança na cor do mar no Rio de Janeiro.
Esse aumento nas temperaturas foi marcado pela presença do El Niño e pela persistente emissão de gases de efeito estufa, resultando em recordes de temperatura em várias capitais do país. Especialistas alertam que esse cenário reflete claramente as consequências da mudança climática. Embora o fenômeno El Niño tenha predominado no verão anterior, o clima deste ano ainda foi intenso, contrariando as expectativas que indicavam um possível resfriamento com a chegada da La Niña.
Com o fim do verão, abril chega trazendo a transição para o outono, mas com expectativas de um clima mais quente que o habitual. As primeiras massas de ar frio já estão previstas para o começo de abril, sendo que a primeira deve atingir o Rio Grande do Sul com temperaturas mais amenas, seguidas por duas massas mais intensas, entre os dias 5 e 16 de abril, que vão espalhar frio por diversas regiões, inclusive partes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Contudo, mesmo com as quedas de temperatura, o outono de 2024 ainda deve registrar dias mais quentes do que o normal.
A previsão do Inmet traz uma visão detalhada sobre os próximos dias, com destaque para as quedas significativas de temperatura nas capitais, como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, onde a mínima pode alcançar 14°C a 16°C em algumas áreas.