Uma área da Usina São José, em Rio Das Pedras, foi ocupada pelo grupo do MST (Movimento dos Sem Terra) na manhã desta segunda-feira (7).
Segundo o Jornal de Piracicaba, a manifestação do grupo acontece pois a empresa é apontada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) como a responsável pela mortandade de peixes que atingiu o Rio Piracicaba em julho de 2024.
O grupo ocupou a frente da empresa e foi dispersado pela Polícia Militar. Após, os manifestantes seguirtam para uma manifestação na Praça José Bonifácio, em Piracicaba. Segundo representantes do MST, cerca de 400 famílias estão na área da usina São José.
Em nota, o MST informou que reivindica a área da empresa para o assentamento de famílias e produção de alimentos. Além disso, o movimento cita que a ocupação é uma denúncia ao “crime ambiental que, através da contaminação, matou mais de 250 mil peixes. Foram 50 toneladas de animais mortos retiradas por tratores aquáticos, esse crime é um absurdo. Estamos aqui para denunciar que o agronegócio representa a morte, tanto dos peixes e animais, como da vida humana porque muita gente foi afetada”, citou o MST em nota.
A usina está com a operação suspensa desde a decisão de suspensão da licença de operação pela Cetesb e Ministério Público em novembro de 2024. Além disso, foi multada em R$ 18 milhões por crime ambiental e é investigada após o despejo irregular de resíduos agroindústrias matar toneladas de peixes no Rio Piracicaba.
Ainda em nota, o MST completa:
“A reforma agrária precisa ser realizada, nosso objetivo é produzir alimentos para a população da região de Piracicaba e Campinas, alimentos sem veneno, através da agroecologia, por isso exigimos dos órgãos responsáveis a realização de assentamentos das famílias Sem Terra nas terras da Usina São José e do Grupo Farias”.