A maioria da população brasileira é favorável à ampliação do exame toxicológico para outras categorias profissionais na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além dos motoristas profissionais de caminhões, ônibus e vans. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) e divulgada na segunda-feira (7). O levantamento aponta que 83% dos entrevistados apoiam o Projeto de Lei 3965/2021, aprovado no Senado em dezembro e que será analisado na Câmara dos Deputados ainda nesta semana.
A proposta prevê a obrigatoriedade do exame toxicológico para todas as pessoas que estiverem tirando sua primeira habilitação, independentemente da categoria do veículo. Os grupos mais favoráveis à medida são os brasileiros com 60 anos ou mais, com 86% de aprovação, seguidos daqueles que ganham entre 1 e 2 salários mínimos (85%) e os que ganham até 1 salário mínimo (84%).
Marcio Liberbaum, Presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), destacou que a ampliação do exame toxicológico será essencial para aumentar a segurança nas ruas e estradas do Brasil, além de coibir o uso de drogas entre os jovens, que, segundo dados da Global Burden of Disease, são as principais vítimas de acidentes de trânsito, uma das principais causas de morte entre jovens de 14 a 29 anos.
O exame toxicológico, que já se mostrou eficaz na prevenção de acidentes, se torna um aliado na busca por salvar vidas no trânsito, especialmente em grandes cidades. A pesquisa do Ipec foi realizada com 2.000 pessoas de todas as regiões do país, entre os dias 6 e 10 de fevereiro, refletindo a opinião da população sobre a segurança viária e a proposta de ampliação da exigência do exame toxicológico.