Americana (SP) é a segunda cidade brasileira com o maior número de mortes causadas pela dengue em 2025, com 24 óbitos registrados até o momento. A quantidade de vítimas no município supera o total de mortes por dengue em 23 estados do país. Além de Americana, os municípios de Mogi Guaçu e Amparo, também no interior paulista, ocupam, respectivamente, o terceiro e o sexto lugar entre as cidades com mais mortes causadas pela doença.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, os números mostram a gravidade da situação em algumas regiões do Brasil. Confira o ranking das cidades com mais óbitos:
- São José do Rio Preto: 38 mortes
- Americana: 24 mortes
- Mogi Guaçu: 20 mortes
- Presidente Prudente: 19 mortes
- Marília: 15 mortes
- Amparo: 14 mortes
- Jaboticabal: 12 mortes
- Sertãozinho: 10 mortes
- Santa Bárbara D’Oeste: 9 mortes
- Ribeirão Preto: 8 mortes
Situação no Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo também lidera o ranking nacional de mortes causadas pela dengue, com 488 óbitos registrados até o momento. Outros estados com números elevados de mortes incluem Minas Gerais, Paraná, Goiás, e Pará.
O que explica a letalidade da dengue?
O infectologista Tufi Chalita explica que a letalidade da dengue pode estar relacionada aos diferentes sorotipos do vírus. “Quando uma pessoa tem a doença por um sorotipo, ela se torna imunizada caso seja infectada novamente pelo mesmo tipo. O problema ocorre quando uma pessoa é picada por um vírus distinto, o que pode agravar a doença”, explica o médico.
Chalita também destaca a importância da mobilização da população para evitar novos casos e mortes. “É fundamental que as pessoas façam a sua parte, verificando seus quintais, calhas e outros locais onde possa haver água parada. Mudanças no comportamento da população são essenciais para combater a proliferação do mosquito transmissor”, afirmou o especialista.
Ações da Prefeitura de Americana
A Prefeitura de Americana informou que está realizando diversas ações para combater a dengue na cidade. Desde o início do ano, mais de 33 mil imóveis foram vistoriados, e uma força-tarefa foi mobilizada para recolher mais de 5 toneladas de entulho. Além disso, a prefeitura realizou a nebulização de quase mil imóveis para tentar reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti.
A cidade segue reforçando as ações e solicitando a colaboração da população para o controle da doença.