Milhares de fiéis se reuniram nesta segunda-feira (21) na Catedral da Sé, em São Paulo, para uma missa em homenagem ao Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos. A cerimônia, presidida pelo Cardeal Dom Odilo Scherer, foi marcada por um profundo sentimento de reverência e emoção pelos católicos que lotaram o principal símbolo religioso da cidade.
O Papa Francisco, que estava se recuperando de uma pneumonia nos pulmões após 38 dias de internação, morreu às 2h35, pelo horário de Brasília, em seu apartamento na residência de Santa Marta, na Cidade do Vaticano. A causa da morte foi um AVC e insuficiência cardíaca, conforme informou o Vaticano. O pontífice argentino ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, sendo uma figura central em reformas e esforços para tornar a Igreja mais próxima da vida das pessoas.
Durante a missa, a emoção tomou conta dos presentes, com destaque para o momento em que Dom Odilo Scherer, ao exaltar o trabalho de Francisco, destacou seu legado de reformas dentro da Igreja e sua missão de tornar a instituição mais acessível e participativa. “Ele lutou para que a Igreja fosse mais missionária e que fosse mais próxima dos batizados do que de uma entidade clerical”, disse Scherer, emocionado.
Na Catedral da Sé, uma foto do Papa Francisco foi colocada perto do altar, enquanto fiéis levavam flores em sinal de respeito e saudade. Além disso, o padre Julio Lancelotti apresentou aos fiéis um solidéu, uma pequena cobertura usada pelo clero, que foi doado por Francisco em 2015, como um gesto simbólico do vínculo com o pontífice.
Em uma coletiva de imprensa antes da missa, Dom Odilo Scherer também falou sobre o futuro da Igreja e o novo papa que será escolhido. Segundo ele, o novo líder não será igual a Francisco, mas deverá preservar os valores que ele representou. “Ninguém espere um papa que seja a favor da guerra ou que não cuide dos pobres”, afirmou o arcebispo de São Paulo.
Com o falecimento de Francisco, o mundo católico se prepara para um novo momento, enquanto o legado do pontífice argentino será lembrado por sua luta pela paz, pelos direitos humanos e pela reforma interna da Igreja.