O impacto das redes sociais na saúde mental dos adolescentes é uma preocupação crescente entre pais, educadores e reguladores. De acordo com um novo relatório do Pew Research Center, publicado nesta terça-feira (22), quase metade dos adolescentes americanos acredita que as redes sociais têm um efeito predominantemente negativo sobre pessoas de sua faixa etária. Além disso, uma proporção semelhante de jovens afirma que está reduzindo seu tempo de uso nas plataformas.
A pesquisa revelou que 48% dos adolescentes acreditam que as redes têm um impacto negativo sobre seus pares, um aumento significativo em relação aos 32% registrados em 2022. No entanto, apenas 14% disseram que sentem um impacto negativo pessoal, embora esse número também tenha crescido.
O relatório sugere que o uso excessivo das redes sociais está ligado ao aumento da depressão e problemas de autoestima, especialmente entre meninas, que são mais afetadas por questões como distúrbios do sono e bullying online. Meninas também são mais propensas a reduzir seu uso das redes sociais em comparação aos meninos, com 48% delas dizendo que diminuíram o tempo online, contra 40% dos meninos.
A pesquisa também destacou uma diferença de percepções entre pais e filhos. Enquanto 44% dos pais acreditam que as redes afetam negativamente a saúde mental de seus filhos, apenas 22% dos adolescentes compartilham dessa visão. Ainda assim, a grande maioria dos pais (89%) e 77% dos adolescentes expressaram preocupações sobre o bem-estar mental dos jovens, com a tecnologia sendo vista como um dos principais fatores.
Apesar das preocupações, as redes sociais também têm aspectos positivos para os adolescentes. Quase 60% dos jovens afirmaram que as plataformas oferecem um espaço para expressar sua criatividade, e muitos destacaram a importância delas para manterem-se conectados com seus amigos e com o que acontece ao redor do mundo.