O número de balões vistos no entorno do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), entre janeiro e 21 de junho, foi 50% maior que os dados do mesmo período de 2021. Foram 57 avistamentos em 2022, dos quais 13 caíram dentro do terminal. O crime ambiental, comumente tratado como brincadeira, pode causar acidentes e levar, até, a queda de aeronaves.
“Para aviação é um perigo muito iminente porque os balões não têm controles, não têm rastreabilidade, o piloto não consegue rastrear isso”, explicou a gerente de segurança operacional de Viracopos, Rosa Brollo.
“Muitas vezes, balões de grande proporção. Geralmente esses balões carregam botijão de gás para manter a chama acesa. Colidir com um balão desse corresponde a mais de 100 toneladas, e isso pode derrubar um avião tranquilamente”.
Além do perigo de colisão, há impacto operacional, já que a situação pode interromper o tráfego aéreo. “Toda vez que ele passa pelo aeroporto, nós somos obrigados a suspender pousos e decolagens. Isso acaba atrasando voos”, completou a gerente.
Crime ambiental
Previsto na legislação, o crime de soltar balões é punido com multas e pode levar a três anos de prisão.
“Os balões podem causar não só acidente aéreos, mas acidentes em matas e até pegar fogo nas próprias casas”, afirma a gerente.
Por conta do risco, a concessionária que administra o aeroporto lançou nesta semana um projeto que busca mudar a cultura de crianças e de adolescentes sobre soltura de balões.
Chamado “Guardiões de Viracopos”, o projeto chegou a 12ª edição com uma agenda de palestras e distribuição de material informativos nas escolas.