A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, mostrando estabilidade em comparação com período imediatamente anterior (que vai de agosto a outubro), quando a taxa foi de 8,3%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (17).
Resultado é o menor para o período desde 2015. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de 2,9 pontos percentuais (p.p.)
O resultado é o menor para o período desde 2015. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de 2,9 pontos percentuais (p.p.).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O mercado esperava que a taxa atingisse 8,3% no período, segundo pesquisa da Reuters.
“Essa estabilidade ainda seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023″, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua, em nota.
O contingente de pessoas desocupadas no trimestre foi de 9 milhões, o mesmo do trimestre encerrado em outubro, mas com registro de queda de 3 milhões de pessoas na comparação anual, quando havia 12 milhões de pessoas nessa condição, diz o instituto.
Como mostreado no gráfico do IBGE,o contingente de pessoas ocupadas, por outro lado, registrou uma queda de 1 milhão de pessoas no período, indo para 98,6 milhões de pessoas, após uma sequência de expansão durante 2022.
“Esse efeito conjugado entre a estabilidade da população desocupada e retração do número de trabalhadores deixou a taxa de desocupação estável”, ressalta Beringuy.
O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,7%, igualando o percentual alcançado no mesmo trimestre de 2016.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o contingente de ocupados segue crescendo, com alta de 3,4%. “Observamos, assim, dois panoramas: em uma análise de mais curto prazo é observada uma queda na formação de trabalho enquanto no confronto com um ano atrás o cenário ainda é de ganho de ocupação”, afirma Beringuy.
Renda sobe
O rendimento real habitual do brasileiro cresceu 1,6% no período, para R$ 2.835. Na comparação anual, a alta foi de 7,7% na comparação anual.
“Há alguns trimestres observamos um crescimento importante no rendimento dos trabalhadores, com o trimestre encerrado em janeiro sendo a terceira observação”, destaca Beringuy.
Entre os setores que influenciaram no crescimento trimestral, a especialista destaca a atividade de Alojamento e alimentação, que teve um aumento de 7%, Administração pública, saúde e educação, com aumento de 3,1%, e serviços domésticos, que expandiram o rendimento real em 2,2%.
“No confronto anual, todas as atividades tiveram um ganho estatisticamente significativo dos seus rendimentos”, diz Beringuy.
Números de desalentados cai
O contingente de pessoas desalentadas, aqueles que gostariam de trabalhar, mas que não buscaram trabalho por não entenderam que teriam êxito, recuou 5,3% (220 mil pessoas,) no trimestre encerrado em janeiro, totalizando aproximadamente 4 milhões.
Na comparação anual, o contingente caiu 16,7%, quando havia no Brasil 4,8 milhões de pessoas desalentadas.
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