Depois de quase quatro meses de greve, os atores de Hollywood conseguiram um acordo com os estúdios que resolveu o impasse que paralisava as produções cinematográficas. O acordo, que custou cerca de US$ 1 bilhão, prevê um aumento de 7% nos salários e bônus de participação em séries nas plataformas de streaming. Além disso, os estúdios se comprometeram a não usar inteligência artificial (I.A.) para criar réplicas dos atores sem o seu consentimento ou pagamento.
A greve começou em setembro de 2023, quando os atores reivindicavam melhores condições de trabalho e remuneração. Eles acusavam os estúdios de explorar a pandemia para reduzir os custos e aumentar a lucratividade. Assim os estúdios, por sua vez, argumentavam que enfrentavam uma crise financeira causada pela queda do público nos cinemas e pela concorrência das plataformas digitais.
A paralisação afetou diversos filmes, sequências de clássicos e séries que estavam em andamento ou planejados para serem lançados. Muitos projetos não foram pra frente. A greve também teve impacto na indústria do entretenimento, que depende dos atores para atrair e fidelizar o público.
Leia mais:
Novidades em Novembro: Disney+, Netflix e Amazon Prime
Uma das séries mais afetadas pela greve foi “Grey’s Anatomy”, um drama médico que está na sua 17ª temporada. Portanto a emissora ABC decidiu encerrar a temporada com apenas 18 episódios, em vez dos 22 previstos originalmente. A decisão veio para reduzir o custo da produção e compensar os atores pelo tempo perdido.
Outro exemplo do uso da I.A. nas produções foi o caso do ator Bruce Willis, famoso pelos filmes de ação como “Pulp Fiction”, “Terminator” e “Matrix”. O ator se aposentou por demência em 2017, mas continuou aparecendo em comerciais na Rússia sem nunca ter pisado no set. Ele vendeu a sua imagem para uma empresa de Deepfake, uma técnica de I.A. que usa redes neurais para gerar vídeos falsos.
Por fim, com ou sem I.A., os estúdios vão ter trabalho para aliviar o prejuízo causado pela greve dos atores de Hollywood. Ainda não há uma data definida para o retorno das produções, mas espera-se que elas possam retomar normalmente em breve.